quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Um romance em 4 linhas

Chega sem avisar, te fisga num olhar
Te envolve como se fosse ficar e vai embora sem rastro deixar
A lembrança dura o tempo do perfume no ar...
Por que amar!?

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Foda-se Day

Hoje eu acordei cansado. Cansado de ter que levantar da cama, cansado da semana e todos os dias que tenho que acordar para completá-la. De saco cheio de ter que ser educado, comportado e ainda eficiente no trabalho. Porque tem dias que o que eu só preciso é de um Toddynho e mais nada. Foda-se minha vizinha e sua neura com o volume do meu som, à merda com a implicância do sindico com meu lixo... Hoje eu não vou me incomodar, só vou hibernar. Se eu pudesse, é claro. 
Imagina que bom seria se todos nos tivéssemos um dia por ano para mandar à merda as putas das manias de ficar tentando ser o que de fato não somos? Se por um único dia, não cumprimentar o porteiro não fosse arrogância? Se não ter que ouvir as lamurias da sua desconsolada amiga não fosse intolerância e mandar sua família a merda não fosse ignorância?  Ah, como eu queria!... 
Porque muitas vezes, até educação cansa. Respeito demais desrespeita e verdade em excesso passa a ser mentira. Bons eram os tempos das espinhas e punhetas onde minha única obrigação era pensar em qual desculpa eu daria por não ter feito a lição de casa. 
O fato é, hoje é sexta, e só por uma vez essa semana me darei o direito de não pensar nos Felicianos, nas Dilmas e nas faturas a pagar. Que só por hoje, idiotas como o Pelé e seus discursos ignorantes não me incomodem. Porque o único amargo que me contaminará hoje será o de uma gelada e borbulhante cerveja para que seu doce embriagar me lembre que nada nessa vida importa, a não ser evitar a primeira mijada. 

sábado, 27 de abril de 2013

O "pequeno" mundo dos "grandes"


Linha Verde do Metro de São Paulo. Sexta-feira, 20:45hrs. Entre dezenas de pessoas aglomeradas uma mulher de aproximadamente 30 anos discute ou melhor, vomita toda a sua revolta para um possível marido travado de vergonha diante de um vagão cansado, depois de uma semana de trabalho.
A mulher TPM não poupava adjetivos para o coitado homem e como se tivesse sido a vida inteira enganada por falsas promessas, ela não media esforços para tentar humilha-lo diante de todos aqueles olhares perplexos. Na plateia, sentado na primeira fileira assistindo o espetáculo uma criança e seu pacote de Doritos. Ele comia e olhava para ela, em seguida para ele e depois para mãe.  Olhando para ela, para ele e para mãe. Assim, calado como todos nós e com exceção da gritaria da louca em cena, só o ruído do Doritos sendo triturado pelos pequenos dentes era ouvido. A ação permaneceu por 4 estações. Quatro longas e inalcançáveis estações.
E então, quando tínhamos certeza de que tudo já tinha sido dito e ouvido naquele local, somos surpreendidos com um silêncio. O garoto então chupa os dedos indicador e polegar que estavam sujos com aquela maçaroca amarela-avermelhada de corante químico, vira-se para a mãe e diz:

“Gente grande é estranho né mamãe”???

A mãe baixa a cabeça num mix de vergonha e impotência diante da conclusão questionada do pequeno e eu, me segurando para não falar o que não devo, penso:

“É verdade moleque...
A gente finge amar para não contrariar sendo o contrario a real.
A gente trepa sem camisinha pra sentir mais prazer sem se preocupar com o final.
A gente tatua a pele pra ficar diferente e fica tudo igual.
A gente se droga para se sentir bem e fica mal.
A gente é tonto, babaca, invejoso e intolerante mas sempre acha que está correto e o mundo é que tá fora do normal".

Esses somos nós, os  “adultos” que insistimos em governar o mundo quando na verdade deveria ser feito pela honesta e sincera alma de uma criança. 

Universidade para que? Se é no primário que encontramos os sábios. 



sábado, 23 de fevereiro de 2013

#IreFeelings


Porque nem sempre dá para programar. Nem sempre dá para se comportar, quietar. Acontece quando menos se esperar.
Então você respira, chama o ar que não está, tenta disfarçar e tal qual um ator começa a representar.
Diálogos são para principiantes, os experientes se lêem no olhar, por isso piscar é um pedido para se desintegrar. E quanto a continuar, finjo que acreditei no “Olá” e sigo de onde não devo parar.



sábado, 26 de janeiro de 2013

Ano novo, homem velho


O ano começou e ainda não tinha escrito nada aqui porque estava esperando o ano de fato começar em mim também e com ele a vontade de compartilhar algo. E veio. 
Os últimos dias vieram com tudo. Apesar de estarmos em 26 de Janeiro passei a ter a sensação de que já estávamos em agosto. 
A virada do ano por exemplo, foi muito legal e curioso. Ver o ano virar de fora é muito louco... ou melhor, vendo, analisando tudo de fora. 
Apesar de ter passado na Praia de Copacabana me senti como se estivesse de fora de toda aquela fuzaca, meio que sobrevoando. Talvez porque estivesse me sentindo assim. Alias, ainda me sinto assim em relação a muita coisa. 
Será a idade? 
Será a tal maturidade que todos falam que chegaria com o passar dos anos? 
Não sei, só sei que é diferente.
Tenho me sentindo assim em relação a tudo. No trabalho. Com os amigos. Com os possíveis amores. Com os desamores e até com o sexo. E é legal. 
Uma vez minha mãe me disse que determinadas coisas na vida com o passar do tempo iriam perdendo a graça, ela só esqueceu de me dizer que junto com a graça perderíamos também a paciência. Então resumindo, me vejo em boa parte das situações muito mais pensativo e em outras muito mais impaciente. É como uma espécie de jogo, lembra o STOP? Aquele que você faz com os amigos e o primeiro que fecha todos os itens grita e vence... Lembra?!
Então:
Trabalhos legais -> Participo
Pessoas legais -> Fico junto
Sexo bom -> Repito
Sexo bom / papo ruim -> Evito
Amigos chatos -> Evito
Pessoas problema -> Evito
Um, dois,três “Evitos”---------- STOP GANHEI!!!
Basicamente assim. Simples. Dia após dia. 
Se é ruim? Não não, como havia adiantado é legal... Estou concluindo que ficar velho pode ser bom.
Só espero que não se junte a essas mudanças psíquicas as mudanças físicas também tipo: Flatulências
Falta de pau durência e refluxos noturnos (até mesmo porque esse último já tenho).
A única coisa que ainda não descobri se é bom ou ruim é o irresistível impulso de excesso de sinceridade.
Ah!!! esse bendito impulso que parece ser maravilhoso mas, que na verdade pode ser muito ruim. Bom, mas isso é tema para um outro post. 
Beijo grande e bom sabadão para vocês.