domingo, 21 de agosto de 2011

Por que não li a sinopse!


Se tem uma coisa na vida que mais tenho raiva em mim é cometer duas vezes o mesmo erro. Em se tratando de cinema, isso chega a me enlouquecer.
Pois bem, há primeira vez que caguei no cinema foi em 2002 quando fui assistir “The Hours” com Nicole Kidman, na época todo mundo dizendo que ela estava maravilhosa em cena e coisa e tal e a besta aqui ficou curiosa e foi ver, sem nem sequer ler uma linha a respeito.
O filme começou e envolvido com a maravilhosa fotografia fui me sabotando para não ir embora, a cada seqüência que acabava mantinha dentro de mim uma idiota esperança de que as coisas iriam melhorar, e assim fui até o final.

Resumo da obra: Fiquei tão mal, mas tão mal que depois dessa trolha cinematografica fiquei anos encafifado se minha mãe tinha sido ou não uma 44 enrustida.

Nove anos depois, um domingo frio, cinzento e sem graça me levaram até a porta da minha vizinha amiga Débora, que após render-se as minhas súplicas aceitou sair de casa para um café quentinho que terminou no cinema.
O que ver então... As opções foram diminuindo de acordo com os horários de exibições e levado pelo comentário do amigo Marquinhos a fiz desistir da idéia de ver “Melancholia”, de Lars Von Trier e foi com uma foto do cartaz onde tinha o Brad Pitt segurando o pé de um lindo bebê que terminamos na melhor cadeira da sala para ver a pior opção do ano.
O filme começou, e mais uma vez a fotografia era sensacional, elenco espetacular e roteiro? Melhor nem comentar...
Sinceramente não sei porque me engano com essa idiota sensação de que a qualquer momento pode acontecer uma reviravolta nesses enredos gerados a muita tarja preta e coca cola.
Quanta coisa horrível, não vou entender jamais como se gastam tanto dinheiro para rodar roteiros desse tipo.
Aos mais requintados cinéfilos, minhas sinceras desculpas por não ter tamanha sensibilidade para apreciar tal obra. Acho que não sou cult o suficiente para entender filmes desse gênero. Enfim, o fato é que o melhor texto que ouvi durante essa noite não foi exatamente no filme e sim no final durante a saída da sala, quando fomos surpreendidos com a voz de um esperto garoto dizendo para sua mãe:

_ “ Eu te falei que era melhor ter ido ver os Smurfs”!!!

Lição da noite:
Quando o filme tiver um nome sugestivo, elenco de renome e fotografia maravilhosa, troque imediatamente de sala, esses recursos com certeza foram utilizados para camuflar alguma deficiência.

Ah! Que falta me fez o Gargamel!