terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Silva's ou Button's

Acabo de assistir o filme “The Curious Case of Benjamin Button” de Eric Roth e direção de David Fincher. Para variar, como sempre, estou atrasado 4 anos (já que o filme foi lançado em 2008). É definitivamente umas das mais lindas histórias de amor que já conheci. Lamento muito mamãe não ter podido assistir.
É amor com entrega. É amor com renúncia. É amor.
Não tem como não se apaixonar por aquela mãe que recebe em seus braços um pequeno velho bebê e o ama sem medo.
Não tem como não se apaixonar pela vontade de viver do Benjamin quando ainda velho e lamentar o tempo não ter parado para que visse sua filha crescer.
Quantas pessoas passam pela vida sem entender a razão dela, quando na verdade a resposta está no amor.
Ainda nessa semana assisti uma matéria sobre o dia-a-dia no transporte público em São Paulo e mostraram a rotina de uma mulher que mora na periferia e sai de casa todos os dias as 04:00am para trabalhar e só retorna a meia-noite. Sai e deixa seu filho de 10 anos dormindo e volta quando seu filho já está dormindo sendo olhado apenas pela vizinha durante esse período. Quando questionada porque tanto sacrifício ela foi categórica:
“Faço isso por amor ao meu filho”
Assim é o amor, com suas singulares razões. Só não entende quem nunca amou ou foi amado.
Uma mulher sofrida que não teve oportunidades na vida e trabalha como auxiliar de limpeza em Pinheiros fica 6 horas no trânsito, eu disse SEIS HORAS no trânsito todos os dias para poder sustentar seu filho. Apenas sustentar, porque conviver ela não pode. Tem como aliada a fé de que tudo dará certo e que seu filho irá trilhar o melhor caminho já que não consegue acompanhar sua formação. 
Quando o filme acabou eu estava em bicas. Bom, eu sou molenga eu sei mas, fazer o que se vi em um só filme os dois sentimentos que mais me arrebata o coração, o AMOR e a ESPERANÇA?
É assim na vida dessa auxiliar de limpeza também. Ela não deve saber quem é Benjamin Button e talvez nunca saiba onde fica Nova Orleans mas, uma coisa ela tem em comum esse personagem que foi baseado em um dos conto do escritor F. Scott Fitzgerald em 1921, o AMOR.
Estou indo dormir com o melhor dos sentimentos e tendo a consciência que não importa qual seja a época, a situação econômica ou a circunstância, amar e retribuir amor sempre faz a diferença.